A intolerância dos tolerantes

Hoje ser católico voltou a ser condição de risco e perseguição. Declarar-se a favor da família tradicional ou da família segundo o plano divino, a lei natural e o senso comum é motivo de expor-se ao terrorismo midiático que trata como preconceituoso e obscurantista quem não aceita moldes desajustados. Pensar em decoro, decência ou pudor por não falar de virtude de castidade é sinônimo de loucura e pode dar prisão se for aprovada a lei de homofobia. O totalitarismo do politicamente correto gerou nos países do ocidente uma legislação de pseudo direitos, exacerbados e individualistas que desagregou a sociedade, dissolvendo-a, incensando um Estado Babá, que pontifica o que é moral para os cidadãos.
O padrão de normalidade é dado pela anomalia ou pela desconstrução dos valores essenciais da humanidade. O que se almeja é uma sociedade consumista e robotizada com mentes programadas e dóceis, rumo a um neopaganismo hedonista. A tirania do prazer a qualquer preço traz um sabor amargo de violência, drogas e aniquilação da pessoa humana. Mas em todo este horizonte de confusão e esboroamento do bem comum, brilha a sabedoria divina como sinal de contradição.
O católico mais que nunca é convidado à santidade e ao martírio do testemunho coerente de vida que vence o mundo, e que é capaz de transformar a história gerando a civilização do amor, a cultura do dom e do dar-se. Uma vez mais devemos reafirmar esta convicção: Cristo e cada um de nós somos maioria absoluta e fazemos diferença no meio de uma massa teleguiada, que aprisionada numa gaiola de ouro materialista suspira pela verdadeira libertação.
 
+ Dom Roberto Francisco Ferrería PazBispo Auxiliar de Niterói

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