"Eu te conhecia só de ouvir, mas agora meus olhos te vêem: por isso, retrato-me e faço penitência no pó e na cinza!" (Jó 42,5-6).




Estamos percorrendo, sob o olhar do Pai, tendo diante dos olhos o testemunho de amor radical do Filho e encorajados pelo Espírito Santo, os caminhos penitenciais da Quaresma. Tempo fecundo de conversões mais decididas, mais fortes, que nos permitam desenvolver na alma, derramando-se sobre a vida cotidiana, uma espiritualidade robusta, viril. Conversões que nos levem à "admiração" diante do Amado Senhor de nossa vida, diante d Aquele que constantemente nos chama a uma intimidade amorosa, no silêncio e na contemplação do seu divino rosto, na escuta atenta de sua voz!
Poderíamos, buscando estas conversões, fazer nossas as palavras do santo homem Jó, no término de seu diálogo com Deus: "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora meus olhos te vêem: por isso, retrato-me e faço penitência no pó e na cinza!" (Jó 42,5-6).
Que trágica atitude dos que assim se apresentam como “evoluídos” e, cegos, não se dão conta de que apregoam a morte inglória de suas próprias almas, abandonando a força da doutrina do Evangelho, tal como a Igreja nos propõe e abraçando os atalhos vazios de uma moral da situação, de uma relativização dos mais sagrados princípios da verdadeira ética cristã, de um subjetivismo arrogante! O Senhor Jesus nos encoraja a romper com o consumismo materialista, com a idolatria do lucro pelo lucro, com o hedonismo escravizador, e a nos deixar conduzir pelo Espírito Santo ao “deserto” de Deus, santuário do nascimento do “homem novo”. Neste deserto Deus qual divino ourives, vai burilando nossa alma com o cizel das provações, dos sofrimentos que nos parecem sem sentido e sem razão, das dores do corpo e da alma, plasmando em nós o perfil do "filho, da filha de Deus e irmão, irmã, de todos os homens!
Por este deserto de Deus nos conduz o Espírito Santo santificador, em meio a causticantes noites escuras, ao encontro da LUZ e da VIDA que explodem definitivamente no coração seduzido, na Páscoa da Ressurreição levando-nos a entoar, com Maria, nossa Mãe e com a Igreja inteira, os ALELUIAS da vida nova em Cristo Ressuscitado. 

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